quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

"NO RABO DA CHARRUA"

Recordo o passado,
da minha mocidade
por lá a ter deixado
dela tenho saudade!

Quando eu era criança,
jogava o jogo do pião
de tudo como há agora
ainda, não havia televisão
adormecia com a esperança
acordava com a bela aurora!

Cedo começava a labuta,
no campo antes do sol nascer
lavrando a terra com a charrua
estivesse ou não a chover!

Por ser perigosa aventura,
contra o regime protestar
para ludibriar a ditadura
o povo respondia a cantar!

A terra lavrando,
como era no passado
hoje aqui estou lembrando
com as mãos frias do vento gelado
no rabo da charrua, frio, pegando
em dias de nevoeiro cerrado!
(Edumanes)

5 comentários:

  1. Pois é meu amigo, a charrua continuava a lavrar mesmo em dias de nevoeiro, os aviões esta manhã é que tiveram que ir aterrar a outro lado, causando incómodo aos passageiros, aqui a minha Figueira está feliz com sol radiante!
    Leva o meu abraço e vamos lá caminhar.

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  2. A verdade é que as teclas do computador são muito mais leves que a rabiça da charrua.
    E da mocidade também eu tenho saudades, pois mesmo com todas aquelas dificuldades a vida era uma alegria.

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    1. Tu lhe chamas de rabiça,
      mas, eu lhe chamo de rabo
      na terra, parente da nabiça
      da semente nasce o rabano!

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  3. E feliz de quem tinha uma charrua. Quem levava o dia inteiro a cavar ficava bem mais cansado.
    Um abraço

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  4. Até o cantar foi muitas vezes proibido meu amigo.
    Um abraço e Bom Dia de Reis.
    Andarilhar

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