domingo, 16 de outubro de 2011

TENHO MEDO!

Vim ao mundo, não sabia
O que iria encontrar
De olhos fechados não via
Ao abri-los, sem perceber 
Como seria o meu caminhar
Pequeno, doente e franzino 
Do muito padecer
Mais tarde gatinhar 
Palavra não sabia dizer
Mas sabia, com dores, chorar
Assim fui crescendo
Até primeiros passos dar
No princípio sem equilíbrio 
Com o corpo no chão a malhar
No tempo da escravidão
No campo o meu ofício 
Para os ricos a trabalhar
Arrogantes, de cacete na mão
Para no meu corpo malhar
Eis  o motivo porque não
E a razão do meu medo
Poder esse tempo voltar

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

AMOR DE MÃE

Sou feliz, mas, vivo triste
Minha mãe, muito jovem, partiu
Por ,esse dia, desconhecer
De mim ,não se despediu
Por ela, muito, chorei
O melhor, da minha vida,  perdi
No mundo, melhor  amor, não há
Só, eu, sei dizer o que senti
Esquecida nunca será
Compreendo, porque, sim
Entendo, mas explicar sei
Porque, terá que ser, assim
Descansa, em paz, minha mãe
Por mim, não estejas triste
Te guardo no, meu, coração
Irei ter contigo
Juntos, ficaremos, na escuridão.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

IMAGINAÇÃO

Se eu tivesse talento para um livro escrever
O título seria "Caldeirada de Palavras"

Assim, começava a reunir os ingredientes
Cravo murcho, eu. Estou a dizer
Não é proibido
Penso não ofender
Minha imaginação
Por que mudas de perfil
Não és camaleão
Botão de Rosa, linda flor de Abril

A procura de ingredientes continuo,
porque sou alentejano, lentamente,

Teus lábios serão doces?
Menina dos beijos achocolatados
Se tão bela não fosses
Seriam menos beijados?

Três ingredientes encontrados, são
Murcho, Perfil e Beijos
Dois são frescos não sei
Imaginação

domingo, 21 de agosto de 2011

EPÍGRAFE

Murmúrio de água na clépsidra gotejante,
lentas gotas de som no relógio da torre,
fio de areia na ampulheta vigilante,
leve sombra azulando a pedra do quadrante,
-assim se escoa a hora, assim se vive e morre...

Homem, que fazes tu? P´ra quê tanta lida,
tão doidas ambiçõe, tanto ódio e tanta ameaça?
Procuremos somente a Beleza, que a vida
é um punhado infantil de areia ressequida,
um som de água ou de bronze e uma sombra que passa...

EUGÉNIO DE CASTRO

sábado, 20 de agosto de 2011

NA ESCOLA!

A Professora diz aos alunos para desenharem o órgão sexual feminino.
Nisto uma aluna incapaz de fazer o desenho,
abriu as pernas e espreitou para debaixo da saia..
Gritou o Joãozinho.
STORA ELA TÁ A COPIAR!!!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

SAUDADES

Saudades, quem as não tem
Apenas para recordar
Noutros tempos houve alguém
Que nos proibia de falar
Em conflito nos meteu
Com os povos do Ultramar
Contra o fascismo se lutou
Da fome não nos defendeu
Tudo pretendia controlar
A união fez a força
Para a liberdade conquistar
O povo não se calou
E, a ditadura, venceu
A luta vai continuar
Porque,  ainda, não esqueceu
 Saudades da miséria não tem

domingo, 14 de agosto de 2011

2011. 14 DE AGOSTO.

Neste dia dos pais
A todos minha homenagem enviar
Amor que não nos esquece mais
Este dia, e sempre a desejar
Áquela pessoa amiga
Que ao mundo nos guiou
Sempre nos defendeu da intriga
Cujo caminho nos ensinou
Da estrada, por ele, percorrida
Para nos criar trabalhou
Depois de uma noite não dormida
Com o pão para os filhos voltou.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

EGOISMO

Fico triste quando sinto
Nas pessoas o EGOISMO
Sou sincero não minto
Falador, caminhante, sorrindo
Estou contente por viver
Porque amo a natureza
O amor ninguém deve esquecer
Quando não se ama a beleza
Sem o futuro conhecer
Vale sempre a pena com certeza
Procurar o melhor fazer
Não os outros prejudicar
Se sabe amar e não é feliz
Procure a felicidade encontrar

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

CAMINHADA

Nunca caminhada sem fim
Minha vizinha caminhou
A 10 passos adiante de mim
Sempre minha vizinha andou
Foi numa caminhada assim
Que um dia a encontrei
Sem a conseguir ultrapassar
Minha vizinha não cumprimentei
Se a imagem, senhoras, ofendia
Por isso a desloquei

terça-feira, 26 de julho de 2011

A GOTA DE ÁGUA

                     A lágrima triste
                    Que por ti surgiu
                   Mal que tu a viste,
                   Quase se não viu...

                  Como quem desiste,
                      Logo se deliu...
                   E, mal lhe sorriste,
                      Logo te sorriu!

                    Já não era a dor,
                       O sinal aflito
                 Duma  funda mágoa;
                       Era o infinito,
                   - O infinito amor,
                  Numa gota de água.

                      AUGUSTO GIL