sexta-feira, 25 de julho de 2014

"COM JEITINHO"

(IMAGEM GOOGLE)
Nem sempre tudo contenta!
mais leve do que o chumbo
sinto-me pesado como uma pena
em sonhos a voar pelo mundo!

Não sendo desprezador!
numa verde planta florida
encontrei uma linda flor
de brancas pétalas vestida.

Apanhei-as com jeitinho,
com as mãos, de uma a uma
sem desprezo por nenhuma
todas trato com carinho.
(Eduardo Maria Nunes)

domingo, 20 de julho de 2014

"APAIXONADA"

(IMAGEM GOOGLE)
Rua abaixo, rua acima,
feliz, vivia na sua aldeia
 uma, apaixonada, menina
de noite à luz da candeia
versos de amor escrevia.

Apaixonada pela poesia,
vivia, num lugar encantador
televisão, ainda, não havia
ouvia romances de amor
na rádio telefonia...
Até sempre, sorrindo,
ela disse adeus à sua aldeia
 e foi atrás de um sonho lindo!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 16 de julho de 2014

"COCHARRO"

Terão voado, no vento!
 desperdiçados desejos 
alegria contentamento
 com abraços e beijos.

  Ficou a saudade...
misturada com a tristeza
com ela deixou a amizade
a simpatia e a beleza.

Lutadora contra a pobreza,
acariciada com amor ternura
nascida de amorosa aventura
 orgulho da mulher camponesa.

 Um carrasco inimigo do povo,
 disparou uma bala contra Catarina,
 em vez de um abraço e um beijo
 jovem, filha de semente genuína
  natural de Baleizão, Baixo Alentejo!

 Dos seus olhos lágrimas caídas,
quando bebia água pelo cocharro
misturadas com o sangue das feridas
do corpo de Catarina na terra derramado.
(Eduardo Maria Nunes)

domingo, 13 de julho de 2014

"MIXÓRDIAS"

Quem semeia nem sempre colhe!
quem colhe são os outros
os pobres trabalham com fome
 para os ricos encherem os bolsos.

 Ao contrário,  não digam não,
porque é sim essa a realidade
para que não lhe tirem o pão
 o povo luta contra a precariedade.

 dizer, ouvi o Paulo das mixórdias!
se o CDS/PP, tivesse sido governo
antes da crise, no tempo das vacas gordas
para povo mais doloroso teria sido o inferno
 nem do azeite nos teriam deixado as borras
o que é que ele terá feito no tempo do Barroso
na compra dos submarinos e outras batotas
 a quem ele ainda pensará enfiar o gorro?
(Eduardo Maria Nunes)

quinta-feira, 10 de julho de 2014

"LEMBRANÇA"

Quantas letras escrevi,
não sei, para a moça bela
apaixonei-me quando vi
os lindos olhos dela!

Não era não tagarela,
era sim muito jeitosa
beijei os lábios dela
tão meiga carinhosa.

Assim tão de repente,
não esperava, talvez,
foi bom ficar contente
que aconteça outra vez.

   Não vestida, em pelote, 
 encontrei nela amizade
  o desejo foi mais forte 
 não resisti à vontade.

Guardo com saudade,
no coração a lembrança
adormeci com a esperança
acordei com a felicidade!
(Eduardo Maria Nunes)

terça-feira, 8 de julho de 2014

"ANTES E DEPOIS"

Antes do 25 de Abril de 1974, dois compadris, alentejanos, estavam falando. Um deles tinha dois burros, dizia ele para o outro compadri, que não tinha nenhum burro. Aqui em Portugal, quem tem dois pães deveria dar um a quem não tem nenhum. O compadri que não tinha nenhum burro, não se esqueceu das suas palavras.  Depois do 25 de Abril foi ter com o compadri, vomecê lembraste compadri daquela nossa conversa antes do 25 de Abril, em que vomecê dizia quem tivesse dois pães deveria dar um a quem não tem tivesse nenhum.Sim compadri, atã nã havera de tar lembrado disso. Atã assim sendo vomecê tem dois burros pode dar um aqui ao seu compadri que não tem nenhum. Compadri fali disso mas era com os pães, não com os burros|
Dois angolanos falavam da democracia assim: Sabes ós patrício o que é a democracia. Responde o outro, ós patrício, a democracia é: Os preto comer na mesa com os branco, tomar banho na banheira com os branco. Pergunta o outro, ós patrício já aconteceu contigo, comigo não, aconteceu com os meu mulher!...

segunda-feira, 7 de julho de 2014

"SEXO APÓS A MORTE"

SEXO APÓS A MORTE?

Um casal fez um acordo: se existisse reencarnação, o primeiro a morrer
informaria o outro como era.
O marido morreu  primeiro; contactou depois a mulher e lhe contou a
sua nova vida:
Meu bem... levanto-me cedo e faço sexo.
Tomo o café da manhã e vou para o campo de golfe.
Faço mais sexo, apanho sol e faço sexo, mais algumas vezes.
Depois almoço, como muitos legumes e verduras, mais sexo...
Antes de jantar volto ao campo de golfe e faço mais sexo, até anoitecer.
Depois durmo, muito bem, para recuperar, e no dia seguinte recomeça tudo igual.
A mulher pergunta:
"Você está no Paraíso?"
"Não, já reencarnei... agora, sou um coelho, numa herdade do Alentejo"...
Há valente alentejano 

sábado, 5 de julho de 2014

"SARJETAS"

 Pelo país em digressão!
 andam, para povo a pregar
 quem é que eles pensarão
 com mentiras enganar.

 Digam eles o que disserem,
com ou menos boas intenções
não sabem bem o que querem
 deitam fora da boca palavrões.

Nem todos ainda saberão,
quanto custou a liberdade
fora, não dentro do caixão
pois, lá só cabe humildade!

 Causou enorme inundação!
 São Pedro abriu as torneiras
 aconteceu na vila do Pinhão
nas ruas todas as sarjetas
 a tanta água não deram vazão.

Já terá corrido para o Rio Douro,
a estas horas correrá em alto mar
terão eles escamoteado todo o ouro
só latão os pobres não contentar!
(Eduardo Maria Nunes)

quinta-feira, 3 de julho de 2014

"ROSAS EM BOTÃO"

(IMAGEM GOOGLE)
Não escondas a tua beleza!
naquelas noites escurecidas
ainda te lembras com certeza
não fiques tão triste a chorar
pelas lágrimas dos olhos caídas
vem depressa vamos brincar
aquele jogo das escondidas.

 Faz favor de as receber,
o que há de bom na natureza
vem depressa vamos colher
disso eu tenho a certeza
 não te irás arrepender!

Nascidas verdes roseiras,
sejam guardadas no coração
nossas amizades verdadeiras
perfumadas rosas em botão.

 Numa tão louca aventura,
com amor para vida a inteira
forno quente para a cozedura
arde o tronco na lareira!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 2 de julho de 2014

"DANADA. . .CONTENTA"

Não, somente!
quando satisfeita
feliz, fica contente,
não é da soalheira
quando o calor sente
de prazer espingardar
para sua própria defesa,
na vida o seu bem estar
com o cartucho na culatra
se, satisfeita não reclama
ao puxar no gatilho, dispara,
depois de uma bela aventura
de prazer, deitada na cama
 meiga, não rabugenta, nua
não é vitor sarasqueta
quando assanhada,
danada, contenta
beiçuda amuada,
não é não, a caneta
nem a folha amarrotada
também não é a baioneta
gostará sim da marmelada
nasceu da semente, eita,
não na terra semeada.
(Eduardo Maria Nunes)